Esse é o ano em que tudo ficou diferente para mim.
O ano do diagnóstico de autismo do Fernando. E como eu poderia imaginar
que no fim dele eu teria tanto a agradecer?
Agradeço porque neste ano aprendi o que não tinha
aprendido direito em 40 anos: a não julgar, a viver um dia de cada vez e
a pedir ajuda.
Agradeço porque descobri um outro marido em meu
companheiro de 8 anos, muito melhor (rss). Companheiro prá valer,
paizão, maduro, tão batalhador e ao mesmo tempo tão sereno. Como aprendi
com isso.
Agradeço porque neste ano tive o privilégio de
conhecer pessoas tão especiais, generosas, alegres e verdadeiramente
inspiradoras: as mães do grupo. Algumas conheci melhor, com outras
troquei poucas palavras, mas desejo muito que os laços de amizade possam
se estreitar com todas.
Obrigada Cris- primeira e sempre amiga do grupo,
obrigada Marie - você não sabe o quando sua sabedoria e generosidade me
ajudaram este ano, obrigada Tati- admiro sua alegria e doçura ao vivo e
nos emails, obrigada Haidee –para mim exemplo de força e bom humor,
obrigada Milene, Rosemeire, Tarita, Paula, Raquel pelo apoio nas
reuniões e pelas respostas carinhosas aos meus e-mails, obrigada Andrea
por compartilhar em seu blog tanta sensibilidade.
Agradeço ao meu mais precioso presente: meu filho. Com ele aprendi a força do amor infinito e incondicional.
E agradeço porque neste ano me dei conta: posso
falar, posso ouvir, posso ler, posso entender. Nossos pequenos ou não
conseguem ou conseguem com muito esforço. Como posso perder qualquer
oportunidade para me comunicar? Como posso deixar de dizer que amo aos
meus queridos? Como posso não cantar quando estou feliz, rir quando
estou alegre, desabafar quando estou brava? Como posso não ouvir e
consolar quem está triste? Como posso não cuidar das amizades?
Claudia Takano
Claudia, impressionante, menina! Isso mesmo, sempre há muita coisa boa em qualquer situação!
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